Pela primeira vez desde que saiu do Botafogo, o atacante Roger admitiu arrependimento por ter deixado o Alvinegro, em 2017. Na ocasião, o centroavante acertou com o Internacional, clube que defendeu por apenas 13 jogos.
— A Ponte é o time que mais atuei, mas no Botafogo me arrependo da forma que saí. Poderia ter deixado o lado pessoal, as palavras que foram ditas por um ou dois diretores eu generalizei. Poderia ter saído com respeito. O jogador no Brasil sempre sai errado, nunca é o clube, mas eu poderia ter saído com mais respeito. O torcedor tratava minha filha com muito carinho. Poucas vezes me arrependo, mas no Botafogo sim. Fui para um contrato muito melhor para o Internacional, quase duas vezes mais, fui ganhar dinheiro. Futebol é isso. Mas fui feliz no Botafogo, com Jair Ventura como comandante – disse ao “Canal do Jorge Nicola”.
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Pelo Botafogo, Roger atuou em 48 partidas e marcou 17 gols, segundo o site “oGol”.
— O Botafogo foi o Clube grande em que consegui me firmar. Não tenho vergonha de falar isso, me esforcei em todos os outros, mas foi no Botafogo que joguei, fui peça importante, o time era muito legal. Foi o último time que eu amava estar com aqueles caras. Com Bruno Silva, João Paulo, Carli, Rodrigo Lindoso, Victor Luis, Luis Ricardo, Marcinho, Igor Rabello, Camilo, Pimpão, Guilherme… O time era uma máquina – lembrou.
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Saída conturbada
Roger deixou o Botafogo pela porta dos fundos. Em 2017, o jogador foi diagnosticado com um tumor no rim e teve de ser submetido a uma cirurgia para remoção. O pagamento do procedimento, no entanto, gerou o desgaste entre as partes.
— Quando fiquei doente, viemos do jogo com o Coritiba que ganhamos por 2 a 1, um gol meu e outro do Guilherme. Cheguei no Rio sentindo dor, conversei com o médico e veio a bomba. Como conduzir isso? Conversei com médicos, conheci o Dr. Raphael (Rocha), referência no Brasil, falei que o Botafogo ia pagar. De noite recebi uma ligação dizendo que era uma doença que eu contraí, que não tinha nada a ver com campo e bola e que o Botafogo não ia arcar.
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Três anos depois, o centroavante garante que agiria diferente em meio à divergência.
— Hoje eu ia chamar ele (o dirigente do Botafogo) de babaca, idiota, ia falar “vou pagar e tudo bem, é minha vida. Você que é um bobo”. Mas na época fiquei muito triste. Até porque teve jogos que o Jair (Ventura) queria poupar e eu não deixava, porque o Sassá tinha saído e estávamos sem outro 9, improvisava Rodrigo Pimpão ou Guilherme. Eu jogava cansado. Isso me magoou muito. E você sai como ruim. A cirurgia foi R$ 30 mil, o que era isso para o Botafogo? Eu brigava pela artilharia no Campeonato Brasileiro, fomos para quartas na Libertadores e semifinal da Copa do Brasil. Acho que faltou carinho e respeito. Não tenho mágoas, deixei amigos, falo com roupeiros até hoje. É isso que vale, a verdade fica no amor – declarou o atacante.
Depois do Botafogo, o atacante passou por Internacional, Corinthians e Ceará. Desde a última temporada, Roger defende a Ponte Preta. Pela Macaca, são 45 jogos e 19 gols.
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Foto: Vítor Silva / Botafogo
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