Após a vitória dos reservas do Botafogo sobre o Bangu, o técnico Tiago Nunes aprovou a atuação no Nilton Santos. Para o treinador, o time vem ganhando corpo no início de temporada.
— O futebol não se resume só aos gols, mas eu tenho que avaliar outros mil fatores. Fico muito satisfeito porque tínhamos meninos estreando pelo Botafogo. O Jefferson no segundo jogo. Mais alguns jogadores que pela primeira vez iniciaram. Então são circustâncias diferentes, que vamos oportunizamos. Vamos ganhando corpo e reforços para toda temporada. Fizemos o suficiente para ganharmos mais de dois gols. O Bangu é difícil de marcar na sua construção inicial. Foi um desafio tático para uma equipe que nunca jogou junto. Então conseguimos dar uma resposta dentro de todo o contexto. Ganhamos fôlego e tempo para continuar preparando a equipe a médio e longo prazo.
Formação
— Nao tínhamos três zagueiros. São dois zagueiros e um volante improvisado. Então existe uma série de oportunidades que podemos ajustar. Se você pegar nosso primeiro tempo de construção, não é com três. A gente tem criado uma variação de movimentos para dar um repertório para jogar com linha de 3, 4 e dentro do próprio jogo ter alternativas. A linha de 4 é muito mais usual. Eu penso que a linha com 3 ou 5 é muito complexo para acertar rodagem, pressão. É uma ferramenta, uma alternativa.
Matheus Nascimento
— O Matheus tem muita qualidade técnica, tem um potencial incrível. Mas ele é consequência de um processo mal gerido há longo prazo. Isso não é de agora de um dois anos, mas de muito antes. É um menino que sobe com 16 anos e não consegue ter continuidade de jogos ele fica num limbo. Ele não tem número de partidas para se desenvolver. Gerou interesse de clubes imensos de todo o mundo. Enfim, gerou expectativa imensa, mas ele ficou no meio do processo. Nem conseguiu atingir a titularidade e a sequência nem tampouco deu o salto para ser vendido. Então o Matheus está no limbo. Estamos tentando dar uma carga de formação, de maturidade para ele saber administrar. Ele era o cara da seleção, mas não era o cara do Botafogo. Então teve uma série de fatores nesse tempo que atrapalharam o processo dele. Se ele continuar desempenhando como vem fazendo nos treinamentos, ele vai ter mais minutos. Mas aí é uma briga, uma disputa entre ele, Tiquinho, Janderson. E o meu papel é conseguir ser o mais justo possível dentro das circustâncias que vão se apresentando jogo a jogo – disse.
Preparação e planejamento
— Existem clubes que optaram por utilizar um segundo time e estão fazendo preparações longe do Campeonato Carioca. Não é a nossa condição atual. Nao temos essa condição de ter um time B, um time preparado para encarar o Carioca desde o início. Então encontramos nossa melhor maneira de gerenciar esse torneio e poder potencializar nossa preparação. Eu não vou utilizar essa linha de titulares e reservas. Por mais que o grupo que jogou contra o Madureira seja formada pela grande parte de remanescentes e reforços, eu penso que nós vamos alternando de acordo com a resposta física. Então para ter ideia, hoje nós tínhamos no banco jogadores que atuaram contra o Madureira que ainda tinham dor muscular, que ainda não tinham completado todo seu processo de recuperação para jogar hoje. Então a gente vai continuar essa preparação. Porque esse grupo tem três dias para o jogo contra o Botafogo. Vamos ver como os jogadores que atuaram contra o Bangu se recuperam. Porque alguns jogaram muito bem. Vamos vivenciando uma semana por vez. Se a gente conseguir manter essa rotina de performance e resultado, conseguimos estender a preparação para 30, 40 dias, que é um prazo, dentro do contexto brasileiro, ideal para o resto da temporada.
O Botafogo volta a campo contra o Boavista, quarta, 24, às 21h30, em Bacaxá, pela 3ª rodada do Campeonato Carioca.
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