Em constrangedora entrevista coletiva, Gustavo Noronha, vice de futebol do Botafogo, justificou a demissão de Barroca pela sequência negativa — leia-se quatro derrotas consecutivas.
Ainda segundo o mandatário, a escolha do novo treinador será pautada a partir das características do elenco e da limitação orçamentária do Botafogo.
A partir deste quadro, é preciso que nós, profissionais da imprensa, tenhamos responsabilidade principalmente sobre o que sugerimos — direta ou indiretamente — aos torcedores.
Às arquibancadas cabe a paixão. Aos profissionais, não. A estes exige-se frieza para fazer a leitura de números e contextos, sob pena de causarmos ainda mais decepção na torcida do Botafogo.
Não virá Cuca. Vale lembrar: em 2018, ainda em início de temporada, o treinador recusou o convite do Alvinegro e indicou Alberto Valentim, que acabou contratado para o cargo.
Aliás, os últimos profissionais que por aqui passaram indicam o caminho do próximo.
Treinador | Temporada |
Renê Simões | 2015 |
Ricardo Gomes | 2015 – 2016 |
Jair Ventura | 2016 – 2017 |
Felipe Tigrão | 2018 |
Alberto Valentim | 2018 |
Marcos Paquetá | 2018 |
Zé Ricardo | 2018 – 2019 |
Eduardo Barroca | 2019 |
Não há dinheiro, perspectiva e tampouco dinheiro no Botafogo. Por outro lado, sobram insatisfação, incompetência, amadorismo e desfaçatez aos que comandam o Clube.
É muito provável que o auxiliar técnico Bruno Lazaroni conduza a equipe até o final da temporada.
Neste cenário desalentador, as arquibancadas serão fundamentais para entregar o Botafogo na Série A ao esperançoso futuro em 2020.
Nenhum treinador, a menos que também seja ilusionista, será capaz de fazer muito com um material humano tão medíocre em mãos.
Portanto, a partir daqui, a responsabilidade é nossa. O Botafogo somos nós.
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