Dois dos destaques na vitória do Botafogo sobre o Atlético-MG por 2 a 0, no Nilton Santos, Diego Souza e Marcinho falaram fora da sala de imprensa antes do treino desta quarta. Os jogadores falaram sobre o momento financeiro do Clube e das atuações recentes da equipe.
Confira a íntegra da coletiva:
Diego Souza
Já houve conversa com a diretoria após o início dos protestos?
— Ainda não. A gente acredita nas pessoas que comandam o futebol, que estão no dia a dia com a gente. A gente sabe das dificuldades, sabe que não é normal, mas a gente vai continuar trabalhando forte, isso não vai mudar no nosso trabalho. Só que em relação a outros funcionários que não têm essa força e a gente pode fazer alguma coisa por eles, a greve (de entrevistas fora da sala de imprensa e o boicote aos patrocinadores expostos no banner) continua sim. A gente não pode achar normal o que acontece.
Relação com Anderson Barros
— A gente só pode falar do Anderson aqui, porque é o cara que está diretamente com a gente. O que o Anderson tem de bom é a verdade, ele nunca conta história. Se vai acontecer, vai. Se não vai acontecer não tem ilusão. Nossa relação é sempre direta e franca e isso faz a gente ter total confiança nele, como ele na gente.
Campo e bola
— Eu fico mais à vontade falando de futebol. Eu estava respondendo muito sobre salários e não somos as pessoas certas para falar disso, porque ficamos numa posição muito desconfortável. A gente ganhou de um equipe difícil, que estava praticamente no G-6, chegar aqui e dar mérito a outras coisas, fica difícil de responder. Até porque, com toda a dificuldade da partida, a gente fez um grande jogo, tivemos uma vitória importantíssima. Quero falar disso, porque, independentemente de tudo, a gente trabalha para ser feliz no domingo e na quarta-feira à noite.
Posição de meia
- Eu sempre fui meia, hoje sou um 9, tenho me adaptado e trabalhado bastante para isso. Acho que não vou ter dificuldade nenhum no dia que o Barroca precisar que eu volte um pouco mais para ajudar a criar as jogadas. Em prol de vitórias e combinações, estou sempre disposto a ajudar.
Relação com Barroca
— Minha relação com o Barroca é a melhor possível, um cara totalmente do bem, que é franco com a gente. A gente já conversou, não tem discussão, porque ele é o treinador e o comando final é dele. Mas eu tento conversar e expor o que eu penso em relação à fase final do campo, que é responsabilidade nossa hoje. A gente tenta conversar bastante para que as coisas deem certo, porque dando certo todos ficam felizes juntos. Às vezes a gente conversa um pouco mais, mas a decisão final é sempre dele.
Atuações recentes
— Eu gosto de ganhar. O mais importante foi esse gol agora (Atlético-MG), porque nos deu uma vitória e tranquilidade para trabalhar. Eu quero continuar fazendo gols, é minha função. Por mais que eu tenha a responsabilidade, independentemente de quem faça os gols, o que todos queremos são os três pontos e colocar o Botafogo no melhor lugar possível.
Terceiro maior artilheiro dos pontos corridos, com 105 gols
— Eu fico muito feliz por ser o terceiro hoje, mas eu vou me tornar o segundo com certeza, até porque o Paulo Baier já parou de jogar. Um grande jogador, que tem sua história e fico feliz por ter feito esse tanto de gols num campeonato tão difícil como o Brasileiro. Espero poder encostar o máximo no Fred, que estarei ajudando o Botafogo. Eu quero fazer meus gols, ajudar da melhor maneira, mas acho que não tem como encostar no Fred hoje. Um cara que sempre foi 9, um artilheiro nato e, se ele for deixando acontecer, vou chegar o mais próximo possível. Mas não tenho essa ambição de passá-lo até porque é muito difícil.
Cobranças a Marcinho
— Que isso! Marcinho é um cara totalmente profissional, dedicado no que faz, tem uma saúde que Deus deu que ele pode jogar em qualquer função que ele vai ajudar bastante. No jogo, a gente procura mais é orientar, avisar algumas situações e estar perto, porque senão as coisas não acontecem.
Marcinho
Felicidade, confiança e atual momento
— Exatamente isso, as coisas acontecem naturalmente quando o cara está feliz. Eu me identifico muito com o trabalho do Barroca, tanto que já colhemos frutos na base. É isso, o cara que está feliz as coisas acontecem e tendem a crescer e ser melhor.
Quando a torcida elogia ajuda?
— Muito melhor, diferente. O ambiente é outro, a cabeça funciona de outra forma, então eu acho que esse momento tem que ser aproveitado mas com moderação. Não adiante a gente se empolgar e achar que está tudo ótimo, porque tem muito a melhorar e a ser feito.
Atuação na nova posição
— É legal, você tem menos responsabilidade defensiva. Hoje em dia no futebol é difícil isso, mas você tem um pouco mais de liberdade. Como eu falo sempre, sou lateral-direito, virei profissional e me coloquei no futebol como lateral e estou aí para fazer o melhor pela equipe onde tiver que jogar.
Dobradinha com Fernando
— A gente se completa. Ele tem a parte defensiva mais apurada do que a minha, e eu um pouco mais o setor ofensivo, então acho que dá uma dobradinha legal.
Dobradinha com Diego Souza
— O Diego é referência para mim e tem sido um prazer jogar ao lado dele na frente. A gente se comunica muito, falo para ele me dar esporro, me xingar para eu ficar ligado no jogo. Essa troca tem sido muito boa.
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