Ativista social e disciplinado: tradutor revela rotina de Honda no Botafogo

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Keisuke Honda Botafogo
Foto: Vítor Silva / Botafogo

Com status de astro internacional, Keisuke Honda desembarcou no início da temporada para se apresentar ao Botafogo. Na ocasião, ainda sem a pandemia do novo coronavírus, o japonês foi recebido no aeroporto internacional do Rio lotado de torcedores alvinegros. A recepção acalorada impressionou o atleta, de perfil mais reservado.

Hoje, cinco meses depois, Honda está à vontade no Botafogo. Apesar das indisfarçáveis diferenças culturais, o japonês parece estabelecido no Brasil. Não por acaso, enfrentou sozinho, longe da família, a quarentena causada pela pandemia.

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De volta à rotina de treinos desde o final de junho, Honda brinca com os companheiros de Clube a ponto de propor desafios após as atividades, inclusive. No último, o japonês se divertiu com Bruno Nazário, Barrandeguy e Guilherme Santos.

Segundo Jean Abreu, tradutor de Keisuke Honda no Brasil, o meia é de personalidade simples — apesar de toda carreira construída no esporte.

— Ele é bem simples. Muito focado nos treinos. Ele gosta de uma resenha também. No geral, é um cara bem tranquilo, educado – disse ao canal ‘BrauneFogo’.

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Natural de Tocantis e formado na Universidade de Bridgeport, nos Estados Unidos, Jean foi escolhido pessoalmente por Honda, após análise de currículo.

— Tudo começou quando ele postou no Twitter dele e precisava de um professor de português. Eu mandei meu currículo e ele gostou. Então, comecei a trabalhar. Hoje estou em todos os treinos, para traduzir para ele algo. Mesmo que dentro do Clube tenha um bom número de pessoas que falam inglês, estou ali para ajudar na conversa com jogadores, em tudo que ele precisar – afirmou.

Desafio Brasil

Aos 34 anos, Honda aceitou o desafio de atuar no Brasil não só pelo esporte, mas também para contribuir em projetos sociais do País. Engajado com o tema, o japonês tem, inclusive, uma empresa (Now Do) dedicada à pauta.

— Todo mundo já sabe. Ele não para o Brasil só para jogar futebol. Veio também para ajudar os jovens brasileiros de algum modo. Ele não falou ao certo o que gostaria de fazer, mas tem planos. Ele vem para fazer a diferença. O Honda foca muito na educação – revelou Jean.

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A preocupação do jogador com a educação é tanta que, quando apresentado a Matheus Nascimento, atacante de 16 anos do Botafogo, foi direto ao tema.

— No dia a dia mesmo, a gente vê alguns jovens na rua, ele comenta, diz que não está certo. Diz que os jovens deviam ter uma educação de qualidade, para ter um futuro melhor. Um momento legal também foi o primeiro treino do Matheus Nascimento. O pessoal apresentou ele pro Honda, e a primeira coisa que ele falou foi: ‘e aí, como está na escola?’. Isso mostra um pouco a importância que isso tem para ele – concluiu.

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Sobre Diego Mesquita 1556 Artigos
Botafoguense, 36 anos. Formado em Jornalismo pela FACHA (RJ), trabalhou como assessor de imprensa do Botafogo F.R em 2010. Hoje, é setorista independente.

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