Coluna do Editor: PVC, Thairo Arruda e a liturgia do cargo na SAF Botafogo

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Foto: Vítor Silva / Botafogo

Há um ano, desde que John Textor assinou a oferta vinculante para comprar a SAF Botafogo, o Clube vive uma nova e inédita fase na sua centenária história. Desde então, o profissionalismo — tão pedido pela torcida — passou a ser pressuposto nas relações internas e externas.

A partir dali, de fato, o Botafogo se posicionou, na teoria, como um Clube em uma nova era. Cisão do modelo associativo, quadros técnicos, investimentos em profissionais gabaritados no mercado e aportes no futebol profissional — sem o qual não há razão de existir.

Porém, apesar de recém-nascida e dos avanços inquestionáveis, a SAF Botafogo não está — e nem deveria — blindada do escrutínio da imprensa ou da torcida. Em sua coluna no “ge”, PVC fez um balanço de um ano do “novo Botafogo” e concluiu que ainda há muitos problemas e poucas soluções.

Pouco depois da publicação, Thairo Arruda, diretor da SAF, recorreu ao Twitter para rebater as críticas de PVC. Note: jornalista profissional, PVC expôs as críticas — ainda que equivocadas aqui e ali — em sua coluna. Já Thairo, representante de um Botafogo que se pretende inédito na história, escolheu o microblog para discordar.

PVC escolheu criticar do octógono, lotado, com cobrança de ingressos. Thairo chamou para o duelo no meio da rua, descalço.

Parece pouco, mas não é. Explico.

O mesmo banco, a mesma praça

Há não muito tempo, o Botafogo, crivado de amadores por todos os lados, tinha diretores que utilizavam da mesma rede para responder críticas da torcida, de profissionais da imprensa ou até mesmo considerar indicações de jogadores.

O quadro se repete.

Abaixo apenas de John Textor no Botafogo, Thairo tem peso suficiente para emitir uma nota oficial no site do Clube ou pedir para participar em um programa do SporTV com PVC. Ali, o diretor poderia contrapor argumento por argumento do jornalista, com a devida liturgia que o cargo lhe impõe.

É inegável que a ‘grande imprensa’, no geral, permanece com uma má vontade indisfarçável quando o assunto é Botafogo. Portanto, o descaso, a desinformação permanece.

Mas o Botafogo não. Hoje, o Clube está como nunca. Sendo assim, não pode agir como sempre.

A torcida é volúvel. Os aplausos que hoje inebriam são as vaias de amanhã. Então, mais do que “jogar para torcida”, é preciso ter a dimensão de que, hoje, o Botafogo conversa com o mercado.

As práticas precisam sinalizar o “Botafogo Way”. E, na comunicação, permanecem arcaicas.

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Comentários

Sobre Diego Mesquita 1556 Artigos
Botafoguense, 36 anos. Formado em Jornalismo pela FACHA (RJ), trabalhou como assessor de imprensa do Botafogo F.R em 2010. Hoje, é setorista independente.

1 Comentário

  1. Que se dane o PVC, mais um palpiteiro, errado não é só ele, é quem lhe dá voz.
    O alicerce está sendo construído, já houve um grande crescimento com um todo e estrutura, o time está ficando muito mais robusto.
    Não se constrói, uma grande casa e família, com factoides e varinha de condão, mas com trabalho sério, investimento e tempo.
    Não é a primeira vez que esse falastrão cria polêmica com o FOGÃO para ganhar eco.
    Parabéns, conseguiu de novo! Eeehhhh!

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