Apresentado oficialmente ao Botafogo nesta terça, 21, o técnico Tiago Nunes prometeu passar confiança aos jogadores para a reta final do Campeonato Brasileiro. Em coletiva de imprensa, o comandante agradeceu à confiança depositada em seu nome.
— Primeiro agradecer todo carinho que recebi desde as primeiras especulações. Seja ao vivo, encontro nas ruas, redes sociais. Depois agradecer ao Mazzuco, Alessandro [Brito], Textor, pela confiança depositada em mim. Sabemos da importância do resultado a curto prazo para alcançar este título tão importante para história do Clube. Desde o primeiro momento que fomos contatados não pensamos duas vezes. Acreditamos no projeto, nos jogadores, é um grupo competitivo, que trabalha bastante. Estão merecendo brigar pelo título e ser um dos favoritos – disse.
— Primeiro é passar confiança para esse grupo saber que o que fizeram até aqui é alto nível. Não podemos descaracterizar o grupo por quatro ou cinco jogos. O torneio brasileiro é muito difícil, onde todas as equipes oscilam. Meu momento de chegada portanto é justamente para trazer essa confiança. Eu chego de fora sem contaminação de nenhuma emoção. O trabalho até aqui é de excelência. Nosso objetivo é repetir. Trabalhar alguns temas claros que já temos feito desde a quarta-feira. O resultado negativo não tem a ver com performance. Eles estão no caminho certo – disse.
Defesa exposta
— Organização defensiva não pode ser balizada só pelos números. É uma construção que passa desde o goleiro. É um trabalho coletivo. O craque do Botafogo é o coletivo, tenho repetido isso a eles. Quando uma fase do jogo não funciona tão bem, temos que mostrar que uma equipe equilibrada deve voltar a repetir esse comportamento. Eu tenho certeza que em cinco jogos que faltam, é difícil o Botafogo não sofrer gols. Mas precisamos estar equilibrados para lidar com esse momento. Portanto, meu papel neste momento é equacionar isso, trazer um nível de confiança para no próximo jogo podermos ter uma reação que se espera.
Fortaleza
— Fator local muito difícil. O Cruzeiro venceu o Fortaleza, que é uma equipe muito agressiva. Mas todos nós estamos sedentos por uma vitória imediata. Eu acredito em objetivos curtos. Precisamos entender, cumprir um tempo por vez. É um jogo a mais, temos vantagem em relação aos adversários. Mas vamos enfrentar um time pressionado e certamente vai ser muito difícil.
Tiquinho
— Quero contar com ele já contra o Fortaleza. Ele é um dos referentes da nossa equipe, muito importante para o Botafogo. Nesta temporada, certamente ele vive um dos melhores momentos da carreira. Então precisamos aproveitar ao máximo esse momento que ele passa.
Time com a cara de Nunes?
— Seria muita pretensão imaginar que em sete treinamentos o time teria a minha cara. O Botafogo tem uma cara própria nesta temporada. Portanto não é necessário explicar. Eu não estou chegando aqui para fazer nenhum tipo de mudança drástica em nenhum tipo de trabalho, por exemplo. O Botafogo segue uma cara da própria equipe, que começou lá atrás com Luis Castro.
Perri
— Ele vive um momento incrível, com uma temporada muito boa. Não é à toa que está na Seleção Brasileira. Por isso, merece toda confiança para continuar sendo o goleiro titular neste momento para a sequência da temporada.
Desconfiança do torcedor
— Eu sou um gaúcho nascido no interior. O time de botão da minha rua, campeão, tinha Wagner, Wilson Goiano, Wilson Gottardo, Gonçalves e André Silva; Leandro Ávila, Jamir, Moisés; Beto, Sérgio Manoel e Túlio. Eu tinha 15 anos em 1995 e acompanhei este time campeão do Botafogo. Sempre tive na minha cabeça que uma equipe que é tão tradicional naturalmente já tem a mentalidade ganhadora. Isso já está no DNA do Clube. Claro que esse tempo sem vencer gera uma desconfiança, angústia. E tanto se fala que o torcedor do Botafogo só vai comemorar o título dois dias depois que deu tudo certo. Mas esse torcedor tão sofrido para mim é mais fiel, é mais verdadeiro. Ele está aqui nas boas e nas más. Tenho certeza que esse torcedor continua acreditando. O importante é ressaltar que o Botafogo não é o mesmo. Hoje, o time briga pelo título nacional novamente.
Título Brasileiro
— É uma experiência única e extraordinária. Não penso que existe planejamento de carreira para isso. Por isso, que por não estar contaminado, hoje me sinto muito tranquilo de fazer as escolhas pontuais as mais pragmáticas possíveis para aproximar a equipe do título. Mas existe um monte de variáveis não controláveis. POr isso meu foco está tão restrito aos meus treinamentos. Se ficarmos olhando para tabela, perdemos o foco. O foco agora é viajar à Fortaleza, jogar bem e ganhar. O objetivo é ser campeão brasileiro, mas é preciso reconhecer que o Botafogo já fez uma grande temporada.
Pressão alta
— Não precisa se construir muito porque eles já têm essa característica. O Botafogo já tem essa resistência dentro do jogo. É um grupo muito físico. Existe um desgaste natural pela temporada. Mas esse descanso vai ser fundamental para manter a organização coletiva forte até o final da competição.
Pressão
— Tenho responsabilidade total no processo. Nenhum momento vou ter menos ou mais pressão do que qualquer treinador que estivesse sentado no meu lugar poderia ter. Tenho muito respeito. Jamais vou transferir qualquer tipo de responsabilidade a outros profissionais. Independente do resultado ao final da temporada, o Botafogo já deu certo. Independente de ser campeão ou não, é motivo para celebrar.
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