Tiago Nunes, do Botafogo, confirma time reserva contra o Bangu: ‘Estamos encarando esses jogos como pré-temporada’

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Vítor Silva/Botafogo

A primeira vitória do Botafogo na temporada, sobre o Madureira por 1 a 0, nesta quarta, 17, é também a primeira de Tiago Nunes à frente do Glorioso. Em coletiva de imprensa após a partida, o treinador disse que encara o início da competição como pré-temporada.

— Qualquer avaliação que eu faça hoje vai ser muito superficial. A gente tem apenas uma semana de trabalho de campo. Muitos jogadores ainda estão bem aquém da parte física e isso interfere na parte técnica. De forma geral, penso que a gente conseguiu manter uma consistência. E depois há uma queda natural para uma equipe que não tem ritmo. As substituições mesmo foram pensando nessa parte física. Penso que a gente tem uma margem muito grande de crescimento pela frente. Esse início da temporada vou rodar muito o elenco. Já para o jogo do Bangu já vai ter praticamente outro time. Porque a preparação continua. A gente está encarando esses jogos como parte da pré-temporada. Inclusive até para conhecimento de vocês, os caras estão trabalhando até agora aqui no campo. Os que não tiveram muito tempo hoje – disse.

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Mudanças no time

— Eu tenho cuidado sempre de respeitar a história do jogador, sua posição. Mas ao mesmo tempo tenho um olhar diferente sobre o número da camisa. Olho muito mais para função e característica do jogador. Não enxergo jogador pela posição dele. Mas sim pelo nome, pessoa e pelo potencial que ele tem. Ele é um atleta de futebol. Então ele deveria saber dominar a bola, controlar ela em diversos setores do campo, saber interpretar os espaços de uma forma natural. Infelizmente temos uma especialização precoce no futebol. O jogador desde os 13 anos é especializado em uma posição. E aí você chega no time principal e o atleta não consegue exercer outras funções no campo. Estamos numa lógica de ter um olhar mais amplo sobre o jogador. Tem uma série de avaliações nisso. Usar jogadores fora de sua posição e ver como eles reagem.

— O que não vai mudar é o desejo de competir, ser agressivo, tente ser uma equipe propositiva. Que consiga jogar em outros formatos, na transição, com consistência defensiva. Fazia tempo que a gente não vencia e não terminava com o placar em branco para o adversário.

Oportunidades

— Quando cheguei aqui, o Diego [Hernández] estava sendo utilizado como extremo. E ele na sua função de origem é um jogador que vinha mais como um meia interior. Ele treinou dessa forma comigo, mais centralizado. Agora vai dele, as circustâncias também têm que colaborar. As próprias trocas hoje partiram muito mais da parte física. Então penso que sim, eles vão ter oportunidades. O Adamo chegou no ano passado, mas ainda tem uma caminhada que precisa evoluir como atleta. Não está pronto ainda para jogar no nível que a gente deseja. Mas está com a gente, ganhando rodagem. Se ele convencer no dia a dia, superando suas concorrências, ele vai ter minutos. Caso contrário, vou optar por outros jogadores.

Perfil das contratações

— O perfil básico de elenco são jogadores com alta capacidade física, competitivos, agressivos na fase defensiva e ofensiva. Que tenham um bom pé, comprometidos com a parte tática e nosso projeto. Basicamente é isso. Depois, a posição… a gente tem um processo muito claro dentro do clube e quando eu vim para cá eu sabia disso. A gente detecta qual a função do jogador em campo, o departamento de scout nos traz alguns nomes, eu indico outros, e a gente faz avaliações em conjunto. Tem avaliação do John Textor nisso também afinal é ele que paga a conta. E no final a gente tem que saber compartilhar isso. Mas o principal é que tem uma linha de perfil muito clara de jogadores. Se o jogador vai dar a resposta efetivamente é uma variável que a gente controla pouco.

— A gente tem tentado errar o menos possível. Porque além da qualidade, tem a questão que é o valor de mercado do jogador. Às vezes o Botafogo não tem condição de comprar os jogadores que temos como primeira opção. Às vezes sai um monte de nomes para vocês e aí todo mundo fica empolgado, mas na hora do vamos ver, o cara é muito caro. Então tem uma série de fatores que têm que convergir para gente enquadrar.

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Vítor Silva/Botafogo

Campanha traumática de 2023

— Página virada. Não vou trazer nenhum tipo de mágoa para este ano. E aí nós temos dois caminhos. Nós podemos viver do passado e ficar remoendo isso. Ou podemos aprender com o que passou, ganhar com essa experiência e sermos melhores este ano. Em termos de maturidade para lidar com adversidade. As vaias me parecem muito natural. Quanto tempo vai durar eu não tenho a mínima ideia. Eu preciso ter uma visão para o grupo que aplaudiu. Nosso desejo para 2024 é sermos mais regulares ao longo do ano.

Elenco suficiente

— Temos um bom elenco. Competitivo, com jogadores individualmente com grande qualidade. Não temos um elenco milionário, galático. Se compararmos a nível Brasil, a gente não está no top 4, estaos bem mais para baixo. Então nós temos que ter essa régua para entender que o ponto forte do Botafogo é o coletivo. Claro que qualquer atleta que chega gera uma expectativa alta. Nós temos dois jogadores estrangeiros chegando: Manafá e o Savarino. O Savarino, aliás, já conhece mais o futebol brasileiro. Já o Manafá é a primeira vez que joga na América do Sul. Então a adaptação pode levar um certo tempo. Então, sim, o elenco é competitivo e pode nos levar à fase de grupo da Libertadores. Para isso precisamos treinar e evoluir para chegar à essa conquista.

Reforços estreantes

— Os três [Jeffinho, Lucas Halter e Alexander Barboza] não estão no ápice de performance física, técnica e tática. Mas deram uma boa amostra. Então precisamos ver como eles podem agregar não só no jogo de hoje, mas nas próximas jornadas. Enquanto tivemos gás, energia, fomos muito equilibrados, consistentes. Sofremos um pouquinho de forma pontual. Mas creio que estamos no caminho certo.

O Botafogo volta a campo contra o Bangu, sábado, 20, às 16h (horário de Brasília) no Estádio Nilton Santos, pela 2ª rodada do Campeonato Carioca.

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