Apesar da interrupção do calendário esportivo no mundo por causa do coronavírus, as reuniões do grupo de trabalho que coordena o projeto Botafogo S/A têm sido realizadas. A crise sanitária, aliás, é vista como uma janela de oportunidade. Em entrevista ao Canal do TF, Ricardo Rotenberg, integrante do grupo de trabalho, revelou conversas com interessados.
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— Conversamos com interessados em comprar o Newcastle e o Bordeaux. Teve um grupo árabe que se interessou bastante. Além disso, tem Montenegro interessado e outros. Eu gostaria de ser um investidor, mas se tiver que colocar R$ 1 milhão, vou ter que esperar um pouco. Se tiver 100 investidores para pôr R$ 100 mil, eu estou dentro.
O “grupo árabe” interessado na Botafogo S/A é Fund Investiment Public, que pertence à família real da Arábia Saudita, cujo patrimônio estimado é US$ 320 bilhões — cerca de R$ 1,66 trilhão).
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Embora a proposta pareça irrecusável a um clube que não tem conquista relevante desde 1969, a venda tem dividido os torcedores ingleses. Tudo porque os novos donos do tradicional time fazem parte de um regime autoritário na Arábia Saudita.
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O príncipe Mohammed bin Salman é acusado, por exemplo, de ser o mandante da morte do jornalista Jamal Khashoggi, crítico do regime saudita. Jamal foi assassinado na embaixada do país em Istanbul, na Turquia, e depois esquartejado. O príncipe saudita assumiu a responsabilidade em nome do país, mas negou qualquer relação com o crime.
Por isso, a Anistia Internacional do Reino Unido denuncinou a proposta da compra do Newcastle. Para o órgão, a aquisição é uma “tentativa de melhorar a imagem da nação árabe por meio do futebol“.
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