
Sob a justificativa de “readequação administrativa”, o Botafogo comunicou na última segunda, 4, a demissão de parte de seus funcionários. Entre os profissionais desligados, Sebastião Leônidas, de 82 anos, ídolo do Botafogo.
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Segundo o jornal “O Globo”, Leônidas, que trabalhava nas categorias de base do Alvinegro, recebia cerca de R$ 18 mil mensais. Em entrevista ao jornal, o ex-zagueiro do Clube lamentou a maneira como foi conduzida a situação.
— Estou triste, depois de todos os anos e todas as alegrias que dei ao clube, parece que, no fim, a recompensa dada é essa. Talvez não tenha havido um reconhecimento, entende? Claro que eu estou chateado, até porque ninguém fica feliz com uma situação assim. Acho até que, talvez, poderia ser feito de outra maneira, com uma conversa. Se eles achavam que meu salário era alto, poderiam diminuir, negociar. Demitir assim, eu achei uma violência. No entanto, não posso fazer muita coisa. Sou funcionário e tenho que aceitar o que decidem – disse.
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Críticas de Autuori
Quem também criticou a demissão de Leônidas foi Paulo Autuori, técnico do Botafogo.
— O Brasil, não só futebol, trata mal o seu cidadão. E estou tranquilo para dar minha opinião porque, quando chego a um clube, aviso que, mesmo estando a serviço da instituição, eu tenho direito a ter uma opinião, ainda que crítica a essa mesma instituição.
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— Trata mal e há muito tempo. Estou nesse meio há 45 anos. No caso dos idosos, contexto no qual estou incluído, a falta de respeito é total. Não há a menor preocupação com eles. Eu morei em vários países e na maioria o tratamento é completamente diferente. Nem vou falar do Japão, porque é covardia. Lá os mais velhos são aproveitados em funções com menos exigência física e eles se sentem úteis e produtivos para a sociedade.
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Foto: Fernando Soutello/AGIF
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