No próximo dia 27, os sócios do Botafogo votam para deliberar sobre a nova estrutura do Clube, a Botafogo S/A, a partir de 2020. No último dia 12, os Conselheiros aprovaram, por unanimidade, a transformação do clube em empresa. Um novo consenso absoluto, no entanto, não é esperado entre os sócios, segundo Edson Alves Jr, presidente do Conselho do Botafogo.
— Seria uma arrogância minha acreditar que, em um universo de 2 mil pessoas, todas votem favorável. O quórum não deve ser tão alto, mesmo porque estamos num período de festas de fim de ano, muita gente viajando. Mas entendo que os sócios que forem votar, acredito que a maioria vá referendar o que o Conselho aprovou por unanimidade. Não por unanimidade novamente. Aliás, vai ser uma surpresa positiva se isso acontecer. Acredito que a maioria vai votar pelo sim. Portanto, o projeto vai ter sua sequência natural, que é o que importa.
Edson Alves também pontuou sobre a necessidade do entendimento da Botafogo S/A.
— É importante que os sócios entendam que este é um caminho interessante que o Clube está trilhando, de vanguarda no esporte brasileiro e que tem tudo para dar certo. É algo muito positivo para o nosso clube daqui para frente — acredita.
Mandato aos investidores
A autorização de conselheiros e sócios do Botafogo é fundamental para sequência do projeto. Segundo o empresário Laércio Paiva, líder do processo, a aprovação é encarada como um mandato para os potenciais investidores.
— A gente conseguiu ter a aprovação do Conselho para que o Conselho Diretor pudesse negociar, em termos mínimos, com os investidores. Muitos são investidores apaixonados pelo clube, outros são profissionais. Os apaixonados já fizeram seus compromissos. Os profissionais gostariam de ter uma representação formal em conselho deliberativo. Isso é um passo fundamental para avançarmos. Quando você senta para conversar com um investidor, a primeira pergunta dele é: você tem um mandato para estar negociando? — lembra Laércio.
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