
Nesta quinta, 2, a Globo decidiu rescindir contrato de transmissão do Campeonato Carioca. A emissora alega que o acordo da competição foi violado nesta quarta, 1, quando da exibição da partida entre Flamengo e Boavista pela FlaTV. Com o rompimento, os jogos desta quinta já não serão mais exibidos. Sem a transmissão do Carioca pela Globo, portanto, o que muda para o Botafogo?
Na prática, o cenário pouco muda para o Botafogo, já que, por meio de nota, a TV Globo garantiu o pagamento das cotas aos clubes — entre os quais o Alvinegro. O Clube, inclusive, conta com esta verba para quitar parte dos salários de funcionários e jogadores.
Além disso, o Botafogo garante ter estrutura para exibir seus jogos através de seu canal no YouTube. Em contato com o Fogo Na Rede, Emílio Adam, vice presidente de Comunicação do Clube, disse que o Botafogo aguarda apenas um parecer jurídico para planejar suas transmissões.
— Nós temos estrutura. Com um telefonema, a gente monta uma transmissão padrão Globo. Estamos apenas aguardando um parecer do departamento jurídico, para saber se podemos ou não transmitir. O jurídico é o nosso camisa 10 neste momento. Se tivermos 0,5% de chance de algum problema, nós não faremos a transmissão. Só faremos com 100% de aval do departamento jurídico com a TV Globo. Jamais colocaria o Botafogo em risco em função de uma pseudo audiência – disse.

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Aliança com a Globo
O receio jurídico do Clube quanto à exibição sem o aval da emissora tem explicação. Em termos de receitas, o Botafogo é hiper dependente da TV Globo. O último balanço divulgado mostrou que quase 50% das receitas do Clube são oriundas dos direitos de transmissão e cotas da emissora.
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Recentemente, inclusive, o Clube defendeu um amplo debate sobre a Medida Provisória 984, apelidada de ‘MP do Flamengo’. A medida oferece aos clubes a prerrogativa de negociarem seus direitos de transmissão das partidas das quais são mandantes.
— Pode ser interessante para os clubes, mas tem que ser discutida. Não pode ser levada para apenas um clube. Em geral, isso pode ser um fator multiplicador de receita para os clubes. Pode criar uma certa independência. A nossa posição é de criar um pool coletivo que discuta isso, que seja um coletivo. O Botafogo está à frente para criar uma associação de clubes, uma aliança. O Flamengo não propôs ao presidente (Jair) Bolsonaro pensando nos outros, mas somente nele. Nós vamos aos deputados, ao Rodrigo Maia, para propôr algumas mudanças para que a medida seja aperfeiçoada. Não queremos ter confronto com a Rede Globo, muito pelo contrário – pontuou Ricardo Rotenberg, membro do comitê executivo do Botafogo, ao “Canal do Nicola”.
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