Contratado em fevereiro, Cícero chegou ao Botafogo sem despertar euforia na torcida. Com 34 anos, o meia estava sem clube e parado há um mês quando surgiu a proposta do Alvinegro.
Apesar de não ter vencido qualquer grande concorrência no mercado pelo atleta, o Botafogo ofereceu um dos maiores vencimentos do elenco ao meia em fase final de carreira — cerca de R$ 230 mil mensais.
Na coletiva de apresentação, em fevereiro, Cícero dizia estar animado com a oportunidade de atuar no Glorioso.
— Chego num clube hoje em que posso ser vitorioso novamente. Sou obcecado por objetivos. A cobrança sempre existe. Estou muito animado com esse novo desafio. O grupo é jovem e sei que vou poder ajudar cada um deles. Eles também vão me ajudar.
Em campo, no entanto, o meia parece longe do ânimo apregoado na entrevista. Não por acaso, foi um dos principais alvos dos torcedores que invadiram o treino do Clube nesta quarta (2).
A lentidão na transição entre defesa e ataque, além da cadência de Cícero com a bola são críticas recorrentes das arquibancadas do Nilton Santos.
Números de Cícero no Brasileiro
Jogos disputados | 20 |
Gols | 3 |
Desarmes | 21 (média 1 por jogo aproximadamente) |
Assistências | 1 |
Cartões amarelos | 5 |
Apesar dos números pouco convincentes, Cícero é titular absoluto do Botafogo de Barroca. Das 22 rodadas, só não atuou em duas — nos empates contra Cruzeiro (dor na coxa) e Chapecoense (suspensão).
Além disso, o medalhão só foi substituído por Barroca em três partidas — nas vitórias sobre o Bahia e Vasco, no Nilton Santos e na derrota para o Fortaleza, no Castelão.
Pressionado e com cargo ameaçado, o ainda inexperiente Barroca terá o clássico contra o Fluminense, domingo, às 16h, no Nilton Santos, para revisar convicções e voltar a vencer no Brasileiro.
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