Fora do mercado desde que deixou o Botafogo pela porta de trás, Jorge Braga, ex-CEO do Clube, voltou às manchetes ao analisar a possível SAF do Santos, adversário desta noite, às 20h (de Brasília), pela 37ª rodada do Brasileiro.
— As SAFs de Botafogo, Cruzeiro, Vasco e Bahia colocaram o produto futebol brasileiro no mapa global de investidores e viraram localmente sinônimos de profissionalização e competitividade esportiva. E o Santos é uma marca única, reconhecido e respeitado em todo o mundo. Devidamente estruturado pode ser um grande produto de investimento em 2023 – disse para aprofundar o tema na sequência:
— Trata-se de uma ‘segunda chance’ para clubes endividados que queiram abandonar o modelo amador de gestão. Mas, em contrapartida aos benefícios, a Lei exige maiores responsabilidades, especialmente em relação ao rigoroso cumprimento das obrigações. Além da total transparência na gestão do futebol para com os sócios, como por exemplo o Clube social. Quanto mais profundo e estrutural for o trabalho prévio de organização maior a atratividade e o valor de mercado da (nova) SAF – declarou.
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Braga, no entanto, fez ressalvas ao modelo SAF. Segundo o ex-executivo do Botafogo, a mudança traz riscos como falência, por exemplo.
— O que não é percebido é que a SAF traz muitas vantagens, mas também muitas das obrigações do mundo corporativo para o dia-a-dia do futebol. Estamos falando de falência, responsabilidade civil, patrimonial e criminal dos sócios, que passam a ser um risco real. Diferente do que acontece com associações civis (clubes) no Brasil. Na SAF a coisa fica muito mais séria – concluiu.
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