Análise: Botafogo para além da roupa nova

Loja Casual FC
Botafogo CSA Igor Cássio
Foto: Vitor Silva/Botafogo
Botafogo CSA
Igor Cássio finaliza e marca o golaço que deu a vitória do Botafogo sobre CSA. Foto: Vitor Silva/Botafogo

Na partida contra o CSA, o Botafogo estreou não só a nova linha de uniforme da Kappa, mas também a atitude. Desde o início, a equipe comandada por Alberto Valentim mostrou intensidade e verticalidade para buscar o gol.

Postura agressiva muito pelo adversário, é claro. Mas a formação do meio campo com um homem a mais na criação (Leo Valencia) ao lado de Diego Souza, e a torcida — que compareceu em bom número —, contribuíram para interromper a sequência negativa que parecia infindável aos botafoguenses.

Valentim prometeu na coletiva de apresentação que seu time mesclaria o jogo de posse com verticalidade. E cumpriu. Mesmo em casa, o Botafogo terminou a partida com menos posse que o fraco CSA: 43% contra 57%. Por outro lado, foi mais incisivo ao gol: 17 finalizações contra 8 da equipe alagoana.

Com a vitória, o Botafogo abriu cinco pontos do Z4 — sua briga desde sempre neste Brasileiro. Distância fundamental sobretudo pela sequência: Grêmio (fora), Cruzeiro (casa) e Santos (fora).

Pelas circunstâncias, a performance do Alvinegro ainda está longe de encher os olhos do torcedor. No entanto, a onze rodadas do fim do Brasileiro, o que se espera do Botafogo são mais quatro vitórias e um empate. Mais a forma e menos o conteúdo. Estamos a 13 pontos de 2020.

Gatito: 6,5

Pouco exigido. Quase defendeu o pênalti cobrado por Ricardo Bueno.

Marcinho: 5

Mostrou as velhas deficiências defensivas. Foi bem no apoio, mas impressiona a dificuldade de executar com precisão os cruzamentos.

Marcelo Benevenuto: 7

Seguro no pouco tempo que ficou na partida antes de sentir a coxa. Sua rapidez foi fundamental para cobrir o setor.

Kanu: 5

Entrou no lugar de Marcelo e, novamente, não comprometeu.

Gabriel: 8

Além da regularidade de sempre, ainda deu assistência magistral para o golaço de Igor Cássio.

Yuri: 4

Mal demais na partida. Longe da personalidade que demonstrou ao iniciar o jogo contra o Goiás. Foi o setor mais vulnerável do Botafogo contra o CSA. Não bastasse isso, cometeu o pênalti que originou o gol da equipe alagoana.

Cícero: 4

Apagado como de costume. Com amarelo desde o primeiro tempo, deu lugar a Rickson.

Rickson: 5

Entrou para fechar o setor e levou um cartão amarelo após falta dura.

João Paulo: 8

Mais uma partidaça do volante. Esteve em todos os setores do campo com a qualidade técnica de sempre.

Leo Valencia: 7

Deu mais volume e qualidade ao meio campo do Botafogo, sobretudo nos passes.

Diego Souza: 5,5

Embora participe mais da partida atuando no meio, teve mais atuação apagada com a mística camisa sete do Botafogo.

Luiz Fernando: 6,5

Muito acionado, lembrou o atacante que encerrou a temporada de 2018 em alta. Foi responsável direto pelo gol contra de Luciano Castán e por pouco não assinou o seu próprio, em chute cruzado.

Igor Cássio: 7

Com personalidade, se movimentou no ataque e deu opção para a assistência impecável de Gabriel, que resultou em seu primeiro gol(aço) como profissional do Botafogo.

Victor Rangel: 5

Apesar da nítida limitação técnica, demonstrou vontade e movimentação. Teve duas oportunidades de gol — uma delas clara. Parou no goleiro João Carlos.

Alberto Valentim: 7

Trocou a posse de bola pela verticalidade, com aproximação e troca rápida de passes. Com o adversário fraco, armou a equipe para se impor desde o início — com Valência e Diego Souza no meio campo. Acertou também na entrada de Igor Cássio, autor do gol da vitória.

Comentários

About Diego Mesquita 1556 Articles
Botafoguense, 36 anos. Formado em Jornalismo pela FACHA (RJ), trabalhou como assessor de imprensa do Botafogo F.R em 2010. Hoje, é setorista independente.

Be the first to comment

Leave a Reply

Your email address will not be published.


*