

Na partida contra o CSA, o Botafogo estreou não só a nova linha de uniforme da Kappa, mas também a atitude. Desde o início, a equipe comandada por Alberto Valentim mostrou intensidade e verticalidade para buscar o gol.
Postura agressiva muito pelo adversário, é claro. Mas a formação do meio campo com um homem a mais na criação (Leo Valencia) ao lado de Diego Souza, e a torcida — que compareceu em bom número —, contribuíram para interromper a sequência negativa que parecia infindável aos botafoguenses.
Valentim prometeu na coletiva de apresentação que seu time mesclaria o jogo de posse com verticalidade. E cumpriu. Mesmo em casa, o Botafogo terminou a partida com menos posse que o fraco CSA: 43% contra 57%. Por outro lado, foi mais incisivo ao gol: 17 finalizações contra 8 da equipe alagoana.
Com a vitória, o Botafogo abriu cinco pontos do Z4 — sua briga desde sempre neste Brasileiro. Distância fundamental sobretudo pela sequência: Grêmio (fora), Cruzeiro (casa) e Santos (fora).
Pelas circunstâncias, a performance do Alvinegro ainda está longe de encher os olhos do torcedor. No entanto, a onze rodadas do fim do Brasileiro, o que se espera do Botafogo são mais quatro vitórias e um empate. Mais a forma e menos o conteúdo. Estamos a 13 pontos de 2020.
Gatito: 6,5
Pouco exigido. Quase defendeu o pênalti cobrado por Ricardo Bueno.
Marcinho: 5
Mostrou as velhas deficiências defensivas. Foi bem no apoio, mas impressiona a dificuldade de executar com precisão os cruzamentos.
Marcelo Benevenuto: 7
Seguro no pouco tempo que ficou na partida antes de sentir a coxa. Sua rapidez foi fundamental para cobrir o setor.
Kanu: 5
Entrou no lugar de Marcelo e, novamente, não comprometeu.
Gabriel: 8
Além da regularidade de sempre, ainda deu assistência magistral para o golaço de Igor Cássio.
Yuri: 4
Mal demais na partida. Longe da personalidade que demonstrou ao iniciar o jogo contra o Goiás. Foi o setor mais vulnerável do Botafogo contra o CSA. Não bastasse isso, cometeu o pênalti que originou o gol da equipe alagoana.
Cícero: 4
Apagado como de costume. Com amarelo desde o primeiro tempo, deu lugar a Rickson.
Rickson: 5
Entrou para fechar o setor e levou um cartão amarelo após falta dura.
João Paulo: 8
Mais uma partidaça do volante. Esteve em todos os setores do campo com a qualidade técnica de sempre.
Leo Valencia: 7
Deu mais volume e qualidade ao meio campo do Botafogo, sobretudo nos passes.
Diego Souza: 5,5
Embora participe mais da partida atuando no meio, teve mais atuação apagada com a mística camisa sete do Botafogo.
Luiz Fernando: 6,5
Muito acionado, lembrou o atacante que encerrou a temporada de 2018 em alta. Foi responsável direto pelo gol contra de Luciano Castán e por pouco não assinou o seu próprio, em chute cruzado.
Igor Cássio: 7
Com personalidade, se movimentou no ataque e deu opção para a assistência impecável de Gabriel, que resultou em seu primeiro gol(aço) como profissional do Botafogo.
Victor Rangel: 5
Apesar da nítida limitação técnica, demonstrou vontade e movimentação. Teve duas oportunidades de gol — uma delas clara. Parou no goleiro João Carlos.
Alberto Valentim: 7
Trocou a posse de bola pela verticalidade, com aproximação e troca rápida de passes. Com o adversário fraco, armou a equipe para se impor desde o início — com Valência e Diego Souza no meio campo. Acertou também na entrada de Igor Cássio, autor do gol da vitória.
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