Em artigo no site InfoMoney, o economista Cesar Grafietti, especializado em Gestão e Finanças do Esporte, buscou traduzir do “economiquês” para o “português” a resposta da pergunta: será que John Textor e Ronaldo pagaram barato ou caro em seus novos empreendimentos?
Como foi amplamente divulgado, os dois desembolsaram R$ 400 milhões por 90% das SAFs dos clubes brasileiros. Contudo, esse valor tende a ser apenas um aporte inicial para que os clubes, em gravíssima situação financeira, consigam manter suas operações.
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Grafietti explica que a dívida é tão grande que supera o valor dos Clubes. Logo, o comprador não adquiriu apenas o clube, mas também seus débitos. Isso faz com que o valor supere o divulgado.
Tanto é que, muitas vezes, a primeira ação dos compradores é sentar com os credores para renegociar as dívidas. Com esta medida, os investidores buscam pagar menos e aumentar os lucros.
Para fundamentar o argumento, o economista montou um gráfico com o Enterprise Value (Valor do clube + suas dívidas) dividido pelas receitas médias dos últimos cinco anos de Botafogo e Cruzeiro. Os resultados, chamados de Múltiplos, foram 4,0 e 3,1, respectivamente.
Barato ou caro?
A partir disso, Cesar Grafietti comparou com os Múltiplos europeus, local onde a negociação de clubes é algo já bem desenvolvido.
Com isso, o autor notou que o múltiplo de Botafogo e Cruzeiro só ficam atrás do valor em Bolsa do poderoso Manchester United, da Inglaterra. O número supera o de outros times grandes negociados como Newcastle-ING e Juventus-ITA, por exemplo.
Portanto, Grafietti atestou que a dupla brasileira custou bem mais do que se costuma pagar por um time na Europa. Para retornar o investimento que está sendo feito, os investidores vão fazer enorme esforço para reduzir dívidas por meio de renegociações e aumentar receitas.
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