Escritor e botafoguense, Luiz Antonio Simas comemorou a classificação do Botafogo às quartas da Libertadores com bom humor. No X (antigo Twitter), o também professor relatou com maestria os minutos finais do empate por 2 a 2 no Allianz Parque, nesta quarta, 21.
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O Fantástico pode me chamar para a próxima reportagem sobre pessoas que entram no corredor da morte. Morri aos 45 do 2° tempo. Entrei em um túnel de luzes, encontrei meus bisavós e os personagens da novela A Viagem. Voltei na hora em que a falta pro Palmeiras beijou a trave.
O fantasma de 23 precisava aparecer para ser exorcizado. E foi: no gol anulado, na bola que poderia ter entrado no último lance – em 23, todas entraram. Entendam: Fernando Pessoa era Botafogo; o “Esteves sem metafísica” , saindo da Tabacaria, não. Os deuses do futebol gargalham.
Eu sou um ateu não praticante. Fernando Pessoa dizia que era ateu ao sol do meio-dia e profundamente religioso na escuridão das noites sem lua. Eu apenas substituiria as noites sem lua do poeta por um jogo decisivo de futebol.
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