Mais de um ano após a morte de Maurão, ex-motorista do Botafogo vítima de Covid-19, a viúva Sueli Alcântara ainda aguarda receber direitos trabalhistas do Clube. Em entrevista exclusiva à “ESPN“, a filha Yasmim relata que os responsáveis pelo Clube nem sequer respondem as chamadas da família.
— No ínicio, o pessoal até atendia as nossas ligações, hoje nem isso ele fazem mais. Falavam que iam acertar com a minha mãe as pendências trabalhistas. Mas hoje se calam diante do caso – disse Yasmin.
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Ainda de acordo com a família, nada foi pago à viúva desde a morte de Maurão, sobretudo o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). O motorista trabalhou no Botafogo por quase 20 anos.
Apesar das pendências, Sueli garante não querer judicializar o caso. Para evitá-lo, no entanto, estipulou um prazo: dois anos.
— O Botafogo não arcou com os direitos trabalhistas. Então, eu ficaria muito chateada se eu tivesse de colocar na justiça. E o Mauro, com certeza, onde ele estiver, vai ficar muito chateado. Porque nós temos um prazo para isso. O prazo é de dois anos. Já passou um ano e seis meses, e nós estamos precisando muito muito desse dinheiro. Eu gostaria de ter uma posição e que o Botafogo olhasse por um outro lado, porque foi uma coisa que ele conquistou, ele deu o sangue dele pelo Botafogo. A vida dele era o Botafogo. Então, eu acho que o Botafogo poderia olhar de uma outra maneira e nos ajudar – disse.
Respeito
Já Yasmin pediu respeito à memória do pai, que dedicou a vida ao clube que amava.
— Meu pai não era jogador. Se fosse, provavelmente seria tratado com mais respeito. Meu pai foi um simples, mas batalhador motorista de ônibus de um clube que ele amava – pediu.
Procurada pela reportagem nos dias 13 e 14 de maio, a assessoria do Botafogo não respondeu.
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