Às vésperas da eleição do Botafogo, Montenegro declara voto

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Montenegro Durcesio Mello Botafogo
Foto: Reprodução.

Em entrevista ao Canal do TF, parceiro do Fogo Na Rede, Carlos Augusto Montenegro, membro do comitê do executivo do Botafogo, declarou seu voto para eleição à presidência do Clube, em novembro.

— Tenho candidato há 10 anos. É o Durcesio Mello. Mora vizinho ao Botafogo, sempre sonhou presidir o Botafogo. Eu, no Clube, não tenho inimigo. Se tiver 10 candidatos, eu conheço todos e gosto. Dizem até que o Walmer (Machado), que é irmão do Waldir Luiz, também será candidato. Uma boa pessoa. Mas meu candidato sempre será o Durcesio – garante.

Montenegro Durcesio Mello Botafogo
Montenegro ao lado de Durcesio Mello (direita) candidato à presidência do Botafogo. Foto: Reprodução.

Veja os principais trechos da entrevista com Montenegro:

Ídolos do Botafogo trabalhando no Clube

— Gostaria de premiar todos, mas não há como dar chance. Às vezes recebo mensagem do Túlio, Wagner, Donizete. Não tem espaço para todos. Hoje não tem salários. O que seria uma homenagem poderia virar um drama. Quando a gente resolveu não continuar com Valentim, pela primeira vez, o técnico nos procurou. O Autuori me procurou, por gratidão. Ele disse que queria ajudar. Conversei com os outros e disse: ‘então vem’. Foi a primeira vez que um técnico contratou um clube. Ele está nos ajudando, passando valores. Ele e o René Weber têm multifunção. Acredito que, através do Paulo Autuori, estou homenageando os ídolos de 1995. O Loco Abreu é doido para trabalhar, o Jefferson. Como é que vou fazer? Não há espaço. Você tem hoje o Flávio Tênius, que forma todos esses goleiros. Não gostaria de contratar pessoas e não ter dinheiro para pagar.

Demissão do Valentim

— Ótimo profissional. Às vezes um pouco teimoso, mas uma pessoa correta. Infelizmente não deu certo. O Barroca estava bem ano passado, que estava na zona da Sul-Americana. Mas quando começou Nosso erro maior talvez tenha sido tirar o Barroca. Mas hovue uma pressão grande e a gente até homenageou o Valentim porque a gente achou que ele foi bem em 2018. Muitos dirigentes não trariam ele de novo, porque ele saiu de forma abrupta. Ainda assim, convidamos ele de novo. Não terminou bem, terminou de forma horrível. Deixamos de participar da Sul-Americana. Começamos a temporada com ele e, sinceramente, o Botafogo não foi bem. Um time mal postado, mal treinado, muito espalhado. O que acabou derrubando ele eram as explicações depois dos jogos. O contrato dele foi mal feito. Teve prêmio por não cair, mas não teve redução por tirar o Botafogo da Sul-Americana.

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Tri mundial

— A gente pode colocar três estrelas em cima de escudo. O time do Botafogo, à época, estava entre os maiores do mundo. Ele e o Santos. Nós ganhamos competições importantíssimas com outros nomes. O Botafogo ganhava de Real Madrid, Milan, Juventus, Barcelona. É algo a pensar. Se bem que nosso escudo é o mais bonito do mundo. Aquela estrela ali já representa todos os títulos, ídolos. Mas podemos pôr a estrela. Até porque demorou, mas a CBF reconheceu o título de 1968.

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Balanço do Botafogo

— Os balanços do Botafogo, infelizmente, de uns anos para cá, eles mostram muito corretamente as despesas, que são altas. A gente está começando a mexer em algumas coisas agora. Por outro lado, são fantasiosos em relação à receita. Este ano vai ter um rombo de 60 milhões, que são previstos para receita de jogadores. Com a pandemia, não sei o futebol vai voltar, se a Europa vai comprar jogadores. A Itália ainda está contando os mortos. Estamos pessimistas quanto à venda de jogadores este ano. Caso aconteça, vai ser no final do ano. Com dinheiro da Globo variável, sem Sul-Americana… o nosso balanço a nível de receita está totalmente furado. A gente está tentando diminuir as despesas, cortar tudo que puder, para diminuir o buraco.

Investidores da S/A

— Dependendo do que acontecer, eu seria um investidor. É uma forma de continuar acreditando no projeto, no Clube. Eu seria com o maior prazer. A S/A hoje é muito mais atrativa. Porque o buraco do Botafogo caiu 40% para moedas de fora, para euro e dólar. A gente tem feito o dever de casa, em relação à despesa. O investimento numa S/A é um ativo importante comparado com bolsa, câmbio etc. Pode ser que isso atraia investidores que, por acaso, deve ter perdido muita grana com essa crise. A lei da S/A, quando for aprovada no Senado, pode nos ajudar.

Retorno ao futebol

— Quem dá a última palavra, primeiro, são os prefeitos e secretarias municipais. Depois o governador e daí por diante. Além disso, você tem o bom senso de que não pode ir treinar com 500 mortes por dia. Isso é de um estupidez sem tamanho. Estão querendo fazer o futebol como bode expiatório. Se tiver que perder ponto, a gente perde. Nós vamos até o final. Só vamos voltar quando as coisas estiverem perto da normalidade, com uma curva caindo, os hospitais com vaga. Como vou dormir à noite se um atleta meu sai para treinar, se contamina e não tem vaga para ele?

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Pagamento de salários

— Há uma previsão de pagar fevereiro dos funcionários. No final do mês de maio, a gente pretende começar a pagar março para ambos.

Contratação de impacto

— Existe grande chance de contratar um dos dois jogadores Obi Mikel ou Yaya Touré neste ano. Por causa da torcida, que deu retorno em relação ao Honda. A torcida tem motivado muito esses jogadores. No caso do Yaya, o Ricardo (Rotenberg) deu uma parada porque havia uma insegurança, mas o Yaya voltou a ligar para ele. Na hora que o negócio ia para os finalmentes, apareceu a pandemia. Não vamos fazer nada enquanto tivermos nessa situação. Mas posso garantir que quando voltarmos a treinos, a torcida do Botafogo vai ter boas notícias. Não é esforço nosso, é do torcedor. Nós estamos aqui só para conversar com eles e dizer até onde podemos ir.

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CT

— O nome do CT, na minha opinião, devia ser Irmãos Moreira Salles. Não “família”, porque nem todos da família estão envolvidos. O Botafogo deve muito a eles.

Carências do elenco

— Resolvendo a questão do Cícero e Carli, precisamos de mais um na defesa, um ou dois no meio de campo. No resto, estamos bem. O Lecaros, por exemplo, nem estreou. O Pedro Raul todo mundo gosta dele como centroavante. Tem o Luis Henrique, Luiz Fernando e Rhuan pelos lados. Uns dois para o meio de campo, talvez um cara mais pegador de volante. O Caio Alexandre está muito bem, Kanu.

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Marcelo Benevenuto

— Muito centrado, batalhador. Tem um amor pelo Botafogo enorme. Ele irradia raça, determinação, energia. Adoro o Marcelo!

Laércio Paiva

— Se sair a S/A, vamos dever muito ao Laércio Paiva.

Confira a íntegra da entrevista de Montenegro, membro do comitê do Botafogo:ontene

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Sobre Diego Mesquita 1556 Artigos
Botafoguense, 36 anos. Formado em Jornalismo pela FACHA (RJ), trabalhou como assessor de imprensa do Botafogo F.R em 2010. Hoje, é setorista independente.

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