Vice-presidente jurídico do Botafogo, Domingos Fleury explicou o andamento do caso Willian Arão, ex-jogador do Clube e atualmente no Flamengo. Em 2019, o Tribunal Superior do Trabalho decidiu que o atleta devia pagar R$ 4 milhões ao Alvinegro por perdas e danos. Desde então, o Clube espera receber o montante.
Responsável pela defesa do Botafogo, Fleury conversou com o jornalista Thiago Franklin e explicou a fase atual do processo contra Arão.
— Como o processo está demorando a voltar do TST, porque a Covid-19 atrasou muito a tramitação processual, para não esperarmos mais, resolvemos iniciar a execução provisória. Ou seja, estabelecer qual é o valor realmente devido pelo Arão. A partir daí, garantir a penhora de bens para alcançar o valor que foi apurado pelo juízo. Porque enquanto não voltar do TST, não ocorre o que se chama trânsito em julgado, que é a decisão a favor do Botafogo se tornar definitiva. Então iniciamos o processo e o valor devido pelo Arão alcança aproximadamente R$ 7 milhões. A tendência é só ir crescendo, já que há juros de 1% ao mês e correção monetária. Já apresentamos a petição e o juízo determinou que o Arão se manifeste.
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Ouça o áudio de Domingos Fleury:
— Provavelmente, para ganhar tempo, os advogados vão impugnar, alegar cálculo errado. Acredito que nos próximos 30, 60 dias o juiz vai definir o valor devido ao Botafogo. A partir daí, o Willian Arão tem que fazer o depósito do valor em dinheiro. Caso contrário, o Botafogo vai em cima dos bens dele. Se não tiver nada em contas bancárias, o Clube vai nos investimentos, imóveis. Em suma, para garantir esse valor ao Clube. Uma vez penhorados esses recursos, o processo é encerrado e ficamos aguardando a volta dos autos do TST. Assim que ocorrer, imediatamente o Botafogo levantará esses valores para receber o que é devido.
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Entenda o caso
Assinado em 2015, o contrato de Arão com o Botafogo previa renovação automática por mais um ano em caso de depósito de R$ 400 mil. Neste caso, a multa do volante passaria a R$ 20 milhões, com os direitos econômicos divididos entre o Botafogo (70%) e o jogador (30%).
Em novembro daquele ano, o Botafogo fez valer o gatilho do contrato e efetuou o pagamento, por duas vezes, dos R$ 400 mil. Arão devolveu o valor e assinou com o Flamengo em 2016.
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Foto: Vítor Silva / Botafogo
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